Ser
representado é ser governado e ser governado, como diria Proudhon, no seu
clássico A Propriedade é um Roubo, é:“(...) estar vigiado,
inspecionado, espionado, dirigido, legislado, regulamentado, controlado,
doutrinado, estimado, apreciado, censurado, comandado por criaturas que não tem
nem o direito ou virtude para tal... Ser governado significa que a cada movimento,
operação ou transação, a pessoa seja observada, registrada, fichada num censo,
taxada, selada, remarcada em termos de preços, anistiada, patenteada, licenciada,
autorizada, recomendada, admoestada, proibida, reformada, retificada, corrigida.
Governo significa estar sujeito a tributos, ser treinado, resgatado, explorado,
monopolizado, exortado, pressionado, mistificado, roubado, em nome do bem público
e geral. E quando há o primeiro sinal de resistência ou questionamento, a pessoa é
reprimida, multada, deportada, sacrificada, vendida, traída, e para encerrar isso
é também ridicularizada, achincalhada, injuriada e desonrada. É isso que é o
governo, esta é a sua justiça e sua moralidade!”